Vai encarar sua primeira prova de triathlon? Veja 3 dicas importantes!

30
ago 2017

Atletas amadores que decidem se aventurar no mundo dos triatletas devem tomar alguns cuidados antes de realizar sua primeira prova. Depois de já terem se matriculado em algum programa de treinamento específico para triathlon, alguma dúvida ainda pode restar. Afinal, são muitos detalhes para prestar atenção.

Uma prova de triathlon é dividida em três etapas: uma de natação, outra de ciclismo e, ainda, uma de corrida. Sem interrupção entre as modalidades, cada prova de triathlon tem uma duração, dependendo da competição em que ela está inserida. Nas Olimpíadas, por exemplo, a natação tem a distância de 1,5 km, a etapa de ciclismo tem 40 km e, por último, a corrida tem 10 km. Quase sempre em águas abertas, os atletas costumam sentir mais dificuldades na natação, já que, normalmente, os treinos são realizados em piscinas. O ambiente inóspito do mar, com ondas e correntezas, pode atrapalhar. Então, a primeira dica é:

1 – Dedique-se à natação! Os triatletas costumam dizer que “a natação não fará você vencer uma prova, mas ela pode fazê-lo perder”. Nadar bem em uma etapa de natação significa sair inteiro para pedalar e, claro, poupar energia para o restante da prova.

O fato das provas serem em sequência, exige uma maior organização dos atletas.

2 – Organize-se para levar o necessário para área de transição! A dica é levar uma toalha colorida ou estampada, para que você possa identificar que aquele é o seu espaço e não se perder na correria de trocar de etapa. Também é aconselhável levar garrafinha d’água, prendedor de cabelos reserva e óculos extra. Carboidrato em gel e um par de meias também não fazem mal a ninguém.

Para chegar bem para realizar a prova, alimente-se corretamente!

3 – Não coma nada que você já não está acostumado! Não invente moda. Uma comida diferente, que você nunca experimentou, não vai fazer a diferença. Aposte em uma fonte de proteína no café da manhã e em carboidratos. Alimentos com fibras não são recomendados.

Anotou? Agora se dedique, se organize e aproveite a sua primeira prova!

A determinação de Rosana Merino

04
nov 2014

10726281_871125466233613_689978488_n“Natural de Campinas, terceira filha de uma família de seis irmãos, aprendi a nadar por volta dos 4 anos de idade. Em casa isso era regra desde que minha irmã mais velha foi diagnosticada com bronquite asmática. Na infância era muito magra e fraca e isso foi o maior incentivo que tive para melhorar e ficar como meus irmãos, que eram nadadores.

Nadei dos 6 aos 21 anos, fui campeã brasileira seis vezes e 36 vezes campeã paulista. Passei por todos os estilos e fui treinada quase por toda a carreira por meu pai, Hilário Rodrigues dos Santos. Ele era um estudioso que ensinou tudo para os filhos por meio de sua cultura. Foi um grande treinador. Com ele, além dos treinos fortes, aprendi sobre ética, determinação e toda a minha paixão por esporte.

Ao entrar na faculdade resolvi curtir a vida, sair, viver coisas novas. Isso durou muito pouco. Quando cursava o segundo ano de Educação Física na PUC Campinas, divulgaram uma prova de triathlon e resolvi me inscrever. Tinha vontade de fazer um esporte que ninguém me conhecesse e eu pudesse me divertir sem pressão. Nessa prova, sem treinar, fui quinta geral e ganhei a categoria feminina. Treinei um pouco e decidi fazer outras provas, entre elas fiz uma em Santos (atualmente o Troféu Brasil de Triathlon) e para minha surpresa fui quinta colocada geral, e o que era para ser uma diversão virou profissão novamente.

No triathlon conquistei muitos títulos, sempre treinando com dificuldades. Fui atleta profissional e ganhei um bom dinheiro nas provas e com patrocínios.

Um grande feito que falo com orgulho foi ser a primeira mulher brasileira a vencer a Fernanda Keller no auge de sua carreira. A Fernanda foi sempre um ídolo para mim e isso marcou definitivamente minha carreira. Até muito pouco tempo atrás, vencê-la era difícil, e na época que consegui era um feito quase impossível.

Treinei como profissional por um grande período e comecei a passar treinos para atletas amadores. Devido à grande carga de trabalho resolvi apenas treinar atletas e começar a competir na categoria amadora. Nesse período me diverti muito, viajava sem pressão e graças a minha condição física venci inúmeras provas, inclusive internacionais. Passado um certo tempo (por volta de 2004) abandonei de vez o triathlon e comecei a me dedicar de corpo e alma a dar treinos e a estudar para fazer atletas competitivos, tanto no nível profissional como no amador.

Vivo 100% do dia junto dos atletas. Fiz grandes projetos de escolinha com a Prefeitura Municipal de Campinas e abri uma consultoria esportiva para atender os inúmeros atletas que me procuravam.Tive o prazer de treinar grandes profissionais do triathlon. Dou treino de triathlon há mais de vinte anos e amo muito o que faço. Nesse meio tempo, também fiz provas de aventura e tive grandes resultados.

Em fevereiro de 2011, comecei a sentir dores fortes no pescoço, mal conseguia dormir. Passei quase 20 dias terríveis e resolvi procurar um médico, que me indicou uma cirurgia de coluna na região cervical, entre a C4 e a C6. Segundo ele era uma cirurgia simples e em quinze dias eu estaria bem.

Entrei para a cirurgia às 7 horas do dia 15 de março de 2011. Na maca me lembro que o enfermeiro, ao me levaram centro cirúrgico, perguntou: ‘Com emoção ou sem emoção?’. Eu respondi sorrindo: ‘Por favor, com emoção’. Eu mal poderia imaginar quantas emoções eu viveria depois.

Eu me lembro de voltar da cirurgia e ver meu médico dizendo que tinha terminado e me estendeu a mão. Não me lembro de ter conseguido alcançar a mão dele. Abri os olhos, acordada por uma movimentação perto da minha cama. Não conseguia ver as pessoas que estavam próximas aos meus pés. Pareciam estar de avental salmão. Era a troca do turno de enfermagem na UTI do Hospital Madre Theodora, em Campinas.

Ainda embriagada pela anestesia, ouvi: ‘Esta paciente fez cirurgia de coluna e ficou tetraplégica’. Senti um nó na garganta e o choro veio do fundo de minha alma e junto com ele uma falta de ar absurda e percebi que se chorasse não iria conseguir respirar. Meus pensamentos ficaram confusos e a partir daquele momento tive que controlar minha cabeça para literalmente sobreviver.

Perder todos os movimentos do corpo, sequer conseguir respirar sem a ajuda de aparelhos e esperar por alguma noticia de algum conhecido foi a mais dura das provas psicológicas que passei. O esporte me treinou a vida inteira para suportar esse sofrimento e tantos outros que vivi e vivo ate hoje. Fiquei muitos dias na UTI depois fui para o quarto, permanecendo mais tantos outros.

10584975_871125442900282_1116656200_nManter a cabeça focada e não deixar a tristeza invadir minha vida e a de meus familiares foi uma luta diária. O esporte me ensinou a não desistir, a ser determinada, a não acreditar em limites e me deu a base para começar minha recuperação.

Do hospital fui para a casa de meus pais, já falecidos, onde montaram uma sala para eu viver. Tinha enfermeiros das 7h às 19h e durante a noite meus irmãos cuidavam de mim. Completamente imóvel e dependente, comecei a não mais pensar em quem eu fui e passei a pensar em quem eu era agora. Como resolver os problemas? Criar uma nova vida e esquecer momentaneamente meu passado foi a melhor solução.

Sempre fui uma pessoa que vivi intensamente, dormia pouco para aproveitar mais, fazia muitas coisas ao mesmo tempo, tinha planos, estratégias e objetivos bem definidos. Nada podia me tirar do foco. Esportista de nascimento, isso era o que sabia fazer de melhor. O maior segredo foi usar essas armas do esporte para fazer meu corpo ‘morto’ renascer.

A primeira frase do dia era sempre: ‘Eu vou voltar a andar’. Tudo na cabeça funcionava como um extenso planejamento esportivo em que para alcançar um determinado tempo, você tem que unir muitos detalhes. Para andar tinha muitas coisas para conseguir antes.

Assim que me acomodei em casa, chamei os atletas profissionais que treinavam comigo e disse que eles poderiam ir embora, pois talvez eu demorasse um pouco para conseguir treiná-los como deveria. Eles não foram. Treiná-los de cima de uma cama foi um grande desafio. Chamei a Vanessa Gianinni e ditei os treinos para ela. Até para falar as frases eu me cansava. Lembro da primeira vez que eles entraram em casa e me viram. Meu coração parecia saltar do peito. Fiz reuniões com eles em torno da minha cama, passei instruções das melhores maneiras que eu podia e procurei trabalhar muito com a parte motivacional.

O tempo passou lentamente quando pensava nas minhas deficiências e o quanto o progresso era lento, mas o mesmo tempo voou quando eu pensava no futuro. O futuro chegava e muitas vezes não trazia com ele todos os meus desejos.

Não desistir nunca é a lição que levo do esporte. Hoje voltei a morar sozinha, dirijo e literalmente tento me virar para fazer tudo normalmente. Trabalho em tempo integral, apenas não consigo mais dar escolinha para iniciantes.

Nesse tempo de três anos ganhei novos amigos, perdi também outros, e mais do que nunca dou valor a todos aqueles que sempre estiveram ao meu lado. Não citarei nomes de pessoas para não correr o risco de esquecer de alguém, mas gostaria de citar grandes parceiros que nunca me abandonaram: Prefeitura de Campinas, Speedo Brasil, meu maior patrocinador e onde sou treinadora contratada e sempre me deram muito carinho, principalmente nos meus dias difíceis. Cia Athletica Campinas, que me esperou por dois anos e me acolheu novamente para dar treinos, fazendo adaptações na academia para me receber. Ascis, que cuida de vestir os meus pés, tão importantes nessa minha nova trajetória. Isma, na figura do meu amigo Fernando Silveira, e Marco Favero amigo e parceiro sempre.”

Rosana Merino

Danilo conquista pódio na Copa Africana

03
nov 2014

Danilo Pimentel, daniloatleta da seleção brasileira de triathlon, disputou no último sábado a Triathlon African Cup na cidade de Agadir, região turística do sul do Marrocos.

Com excelente desempenho, o brasileiro conseguiu fechar o ano do calendário da International Triathlon Union (ITU) no pódio, em terceiro lugar e somando pontos importantes para o início da próxima temporada internacional.

A prova, com formato olímpico (1.500 metros de nado, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida), teve natação em água fria e sem o uso de roupa de borracha, enquanto as outras duas etapas aconteceram numa temperatura que beirava os 30 graus, com tendência a chegar aos 33 na etapa de corrida, já que a largada aconteceu às 9 horas, de baixo de muito sol e vento.

Danilo saiu da água entre os cinco primeiros colocados, mas no início do ciclismo sofreu alguns ataques e acabou optando por acompanhar outro atleta mais atrás, pois, num percurso cheio de subidas e com muito vento, são favorecidos os pequenos grupos que tendem a se organizar melhor para conseguir vantagem.

Na frente, três atletas ganhavam espaço, enquanto Danilo e um francês trabalhavam para que o grande grupo da prova, com 12 integrantes, não chegasse. Porém, o grupo chegou por volta de 20 km da etapa de ciclismo e continuaria a lutar por importantes pontos do 4º ao 17º lugar.

Acreditando numa boa sequência de treinamentos e provas, Danilo saiu para correr forte e diminuiu a diferença da fuga, que era de 1’20”. Logo na primeira volta, passou mais um atleta e já assumiu a terceira colocação. A partir daí, conseguiu subtrair mais alguns segundos dos primeiros colocados, cruzando a linha de chegada a 1’ do vencedor, o espanhol Francesco Godoy, e a 20” do português, Felipe Azevedo.

Danilo segue os treinamentos em Portugal até o fim de novembro, quando regressa ao Brasil para fazer duas provas e continuar a base dos treinos pensando em 2015. Depois das próximas provas, ele passa um período de festas e descanso com a família em Belém, no estado do Pará.

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CBTri

O atleta é patrocinado pela Força Aérea Brasileira, Speedo e CBTri e apoiado por Vitafor, Ceepo/Rotapro, Sigvaris, Instituto Camilo e Cia Athletica Campinas.

Danilo Pimentel em Marrocos neste fim de semana

30
out 2014

danilo

Danilo Pimentel estará no próximo sábado, dia 1º de novembro, na disputa da African Cup, na cidade de Agadir, no Marrocos, em busca de pontos no ranking da International Triathlon Union (ITU). A prova, que contará com mais um brasileiro, seis espanhóis, além de suíços, franceses e austríacos, entre outras nacionalidades, tem características bem europeias já que ocorre no norte da África. A largada será às 9 horas do horário local, com previsão de predominância de calor, porém mar gelado.

Apesar de essa não ser a prova-alvo, a participação de Danilo, número 2 na competição, é importante para que ele marque pontos e termine o ano em alta no ranking mundial.

O atleta é patrocinado pela Força Aérea Brasileira, Speedo e CBTri e apoiado por Vitafor, Ceepo/Rotapro, Sigvaris, Instituto Camilo e Cia Athletica Campinas.

10 mitos do Triathlon

29
set 2014

1 – “O ciclismo é o segmento menos importante em provas com drafting.” Por um lado, o ciclismo é o esporte ideal para desenvolver a resistência de base, com treinos de longa duração e baixa intensidade, com um gesto cíclico, mas sem impactos contra o solo, sendo por isso pouco lesivo. Por outro lado, não devemos esquecer que o setor em que se decide o resultado final do triathlon é a corrida, mas uma corrida atípica, uma vez que se inicia com uma fadiga prévia significativa.

2 – “O traje de neoprene só serve para evitar o frio.” A origem do traje de neoprene no segmento de natação do triathlon foi a proteção dos desportistas contra o frio. A sua utilização está delimitada pelo regulamento de forma que em função da temperatura da água e do ambiente os oficiais da prova designarão a sua utilização como proibida, obrigatória ou opcional. Quando é opcional, a maioria dos triatletas o utiliza, e não apenas pela comodidade de nadar sem frio.

3 – “O trabalho de força é incompatível com o de resistência.” O triathlon é um esporte de resistência, em que o trabalho de força-resistência tem uma importância vital. Cada vez se torna mais evidente a necessidade de complementar o treino específico na piscina, na bicicleta ou na corrida, com um trabalho adicional e específico de força, não só para melhorar o rendimento como também para evitar lesões.

4 – “Como sou iniciante preciso do melhor material para começar com garantias.” Na natação são necessários os óculos para você se orientar melhor e evitar irritações nos olhos. O traje de neoprene é um investimento considerável, portanto o ideal é que você consiga um emprestando ou alugado, caso não possa comprá-lo. Para o segmento de ciclismo, basta uma bicicleta bem ajustada às suas medidas. Dessa forma você evitará lesões e terá um bom rendimento. Isso sem esquecer o capacete, que é sempre obrigatório. E para correr, use sapatilhas de corrida normais (você pode substituir os cordões por um elástico e assim simplificar o processo de calçá-los). A prática de esportes aquáticos ajuda a amenizar os sintomas da rinite, porém, muitas vezes, o que deveria ser uma forma de alívio pode se tornar um desconforto. Isso porque os subprodutos do cloro nas piscinas podem potencializar os sintomas da rinite. A solução? Opte por piscinas de água tratada com ozônio. 😉

5 – “É preciso treinar todos os dias as três modalidades.” Existe a crença falsa de que o triatleta deve treinar os três segmentos todos os dias.

6 – “Bom nadador em piscina não é sinônimo de bom nadador em provas de triathlon.” Os bons desempenhos que um triatleta pode ter na piscina não correspondem à realidade de uma prova de triathlon, na qual a natação se realiza em águas abertas. Por isso que é necessário realizar treinos específicos.

7 – “Só os hidratos de carbono é que dão energia.” Com a realização de um exercício de caráter aeróbico, o organismo obtém a energia através da oxidação da glicose (glicólise) para posteriormente continuar com a obtenção de energia através da oxidação dos ácidos gordos livres provenientes da degradação das reservas de triglicerídios (lipólise). Ao longo de um exercício a utilização de um substrato vai ganhando mais protagonismo, até que o outro se sobrepõe.

8 – “Se não é finisher na distância ironman, você não é um verdadeiro triatleta.” É importante ir passo a passo e dar o melhor em distâncias mais curtas, começar pelos triathlon de distância sprint, depois passar para a distância olímpica e fazer uma progressão lógica antes de dar o salto para o ironman.

9 – “Quanto mais volume de treino, melhor.” Essa é uma falsa crença que esteve muito na moda ns competições iniciais de triathlon. Acreditava-se que era necessário realizar grandes quilometradas semanais para conseguir o melhor resultado possível. Longe dessa crença, no esporte de resistência o que nos faz melhorar é a assimilação das cargas duras.

10 – “Você precisa de uma bicicleta de contrarrelógio para competir em triathlons de longa distância.” A opção mais barata é mais engenhosa é “reconverter” a bicicleta convencional de estrada numa bicicleta de longa distância com duas pequenas alterações:

Avançar o selim ou substituir o espigão de selim com recuo por um neutro ou com avanço;
Colocar uns extensores no guidão.
É uma boa forma de poder continuar a praticar triathlon em todas as suas distâncias e que não pesará tanto no
bolso!

Fonte: Sport Life